Imposto sobre Pix vai mesmo existir? Entenda o assunto aqui

Imposto seria semelhante à antiga CPMF, mas ainda não está confirmado

O novo sistema de transações bancárias criado pelo Banco Central do Brasil vai ficar disponível para os consumidores a partir do mês de novembro, com a gratuidade como uma das principais vantagens. No entanto, a possibilidade de criação de um imposto sobre Pix tem levantado dúvidas a respeito do assunto. Entenda mais sobre isso nesta quinta-feira (29).

Imposto sobre Pix vai mesmo existir? Entenda o assunto aqui
Imposto sobre Pix vai mesmo existir? Entenda o assunto aqui (Foto: Pixabay)

Anunciado pelo Banco Central no primeiro semestre deste ano, o Pix se trata de um novo sistema de enviar e receber dinheiro. Ele chega ao mercado com o principal objetivo de baratear as transações para a população e aumentar a agilidade das operações.

Por exemplo, com o Pix será possível transferir dinheiro sem pagar nada por isso – diferentemente de como ocorre através dos sistemas TED e DOC, que cobram uma quantia para cada transferência.

No entanto, a gratuidade do novo sistema de transferências e pagamentos bancários pode estar sob a ameaça de um novo imposto que seria criado pelo governo.

Leia mais: Posso cadastrar a mesma chave Pix em bancos diferentes? Entenda

Afinal, vai mesmo existir um imposto sobre Pix?

De fato, a gratuidade do Pix pode acabar. Isso porque, o ministério da Economia, capitaneado pelo ministro Paulo Guedes, trabalha com a hipótese da criação de um imposto sobre operações financeiras digitais.

O projeto tem sido chamado de “CPMF Digital”, por lembrar de um antigo imposto sobre transações financeiras criado no ano de 1996 e que, por sua vez, permaneceu ativo no país durante vários anos.

Entretanto, ainda não existe nenhuma confirmação sobre a aprovação do projeto e nem que o imposto vai mesmo existir. O assunto ainda está no campo da discussão, planejamento e ajustes.

Este projeto está dentro do plano de reforma tributária que, atualmente, tem sido desenvolvido por Paulo Guedes.

O novo tributo que pode entrar em vigor no país cobraria alíquota em torno de 0,2% em cima de cada transação realizada.

Ou seja, o Pix, o imposto varia de acordo com a transação realizada.

Por exemplo, em uma operação financeira feita pelo Pix de R$ 1 mil, seria cobrado imposto de R$ 2. Já em uma transação de R$ 10 mil, cerca de R$ 20 seriam taxados.

No entanto, vale ressaltar que mesmo que o imposto seja criado a taxa seria menor do que a que atualmente é cobrada para operações com TED ou DOC para clientes de pessoa física.

Já as empresas sofreriam o impacto com mais força, devido a valores altos serem movimentados. E isso fatalmente recairia sobre os próprios consumidores, que teriam de cobrir o prejuízo.

Leia também: Ranking do Pix: Nubank está à frente de Bradesco, Caixa e Banco do Brasil

Imposto sobre transações financeiras poderia desestimular o uso do Pix

Um dos principais motivos para a gratuidade do Pix é a ideia de desestimular o uso de dinheiro físico a partir dos próximos anos, mesmo que de maneira lenta.

Contudo, a criação de um imposto sobre operações financeiras digitais pode causar o efeito exatamente inverso.

É como avalia a economista Fernanda Garibaldi, em entrevista ao Estadão.

“Temos que tomar cuidado quando falamos em tributar pagamentos eletrônicos porque o que pode gerar, de cara, é um incentivo maior ao uso do dinheiro físico”.

Quando o Pix vai funcionar?

Atualmente, o sistema está em fase de cadastro em todas as instituições financeiras presentes no Brasil, sejam elas físicas ou digitais.

Leia ainda: Entenda para que serve o Pix da Caixa Econômica Federal

Já o lançamento oficial está marcado para acontecer no dia 16 de novembro de 2020. A partir desta data, o Pix poderá ser utilizado por toda a população.

Comments are closed.

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Vamos supor que você esteja de acordo com isso, mas você pode optar por não participar, se desejar. Aceito Ler mais

Política de Privacidade e Cookies