Prorrogação do auxílio emergencial 2021; entenda o assunto
Ministro Paulo Guedes volta a falar que só prorrogará o benefício em caso de segunda onda de Covid-19
A Caixa Econômica Federal já iniciou o repasse da oitava parcela do benefício financeiro de apoio às famílias de baixa renda, durante a pandemia. Em meio ao penúltimo mês do programa, a dúvida que fica no ar nesta sexta (20/11) é sobre a prorrogação do auxílio emergencial 2021.
Benefício exclusivamente voltado às famílias consideradas como de baixa renda e sem trabalho formal, ao redor do Brasil, o auxílio emergencial já chegou a mais de 67 milhões de brasileiros.
O programa foi iniciado em abril, com valor de R$ 600 e a previsão de repassar até três parcelas até o final do mês de junho. Mas, a pandemia de coronavírus obrigou que o benefício fosse mantido por um período muito maior do que previsto.
Desde a sua criação, o auxílio já foi ampliado por mais dois meses, com o mesmo valor, e mais recentemente teve quatro novas parcelas confirmadas. Contudo, houve redução de 50% no pagamento feito pelo governo.
Apesar de reduzido a R$ 300 por parcela entre setembro a dezembro, o recurso é considerado como fundamental para milhões de brasileiros. E é por essa razão a busca por informações sobre a prorrogação em 2021 cresce a cada dia.
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Afinal, vai acontecer a prorrogação do auxílio emergencial 2021?
Ainda não há nenhuma confirmação sobre a prorrogação ou não do benefício para o ano que vem.
Mas existem projeções feitas pelo próprio governo federal que apontam a possibilidade de manutenção do auxílio por mais alguns meses no ano que vem, caso os números da pandemia de Covid-19 no Brasil continuem altos.
Segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes, o governo está preparado para manter o benefício caso uma segunda onda de contaminação do vírus seja confirmada.
Nesta última quinta-feira (19), o líder da equipe econômica do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) comentou sobre o assunto, mas indicando que vê uma retomada da economia na maioria das regiões do país.
“A doença recuou e a economia brasileira voltou. É fato que está havendo um retorno, uma segunda onda, etc? Por enquanto, algumas regiões parecem estar acusando isso, mas não é um fenômeno geral”.
Mas, Guedes também garante que se a segunda onda for confirmada o governo vai agir e está preparado para isso.
“As pessoas dizem ‘e se acontecer?’ Se acontecer é como é a tragédia, você enfrentou a tragédia uma vez. É como se uma guerra, em vez de durar um ano, ela durasse dois ou três. Os brasileiros são resilientes, sabem enfrentar e nós enfrentaremos como enfrentamos antes. (…) Se a doença vier, já sabemos como temos que agir, mas não é o nosso plano. Nosso plano é seguir as reformas, mas sabemos reagir a eventuais choques”.
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Oposição cobra continuidade do auxílio emergencial
No Congresso Nacional, parlamentares da oposição continuam cobrando a votação da Medida Provisória 1000/20, que reduziu o valor do benefício para R$ 300.
Além disso, oposicionistas pedem a continuidade do benefício por mais tempo do que até o final de dezembro de 2020. É como afirma o líder do PT na Câmara dos Deputados, Enio Verri (PT-PR).
“Além de reduzir o auxílio emergencial, o governo Bolsonaro entende que a pandemia acaba em 31 de dezembro. Como se a miséria não estivesse distribuída em todo o Brasil”.
Até o momento, não há nenhuma previsão de que a MP será colocada em votação e nem que o auxílio será prorrogado para 2021.
A situação pode mudar, no entanto, a depender dos números da Covid-19 no país.
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