Transmissão não ocorre em campo: CBF descarta mudar protocolo de Covid-19
CBF nega que contagio de Covid-19 está acontecendo no campo e descarta mudar protocolo
Nesta ultima sexta-feira dia 20 de novembro, foi confirmado pela CBF que no Brasil, houve mais alguns casos de Covid-19, onde esses casos estão presentes entre os jogadores que disputam os principais torneios do futebol brasileiro.
Mas mesmo com a explosão de casos nas equipes durante a semana, com mais de 30 desfalques de jogadores infectados pela Covid-19, a CBF descartou, por enquanto, fazer mudanças no protocolo antiCovid de seus campeonatos.
O que a CBF diz?
A confederação insiste em dizer que a “Diretriz Técnica Operacional” das competições é eficaz e afirma que não há motivos para rever o protocolo, pois a transmissão do vírus não ocorre em campo e que não há nenhuma evidência que ocorra. Inclusive, o jogador só entra em campo com exame RT-PCR negativo e que dentro do estádio é muito seguro.
Ela também afirma que já aconteceram mais de 200 jogos só na série A e que este aumento de casos na última semana não pode significar imediatamente que seu protocolo não é seguro.
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O médico da CBF Jorge Pagura afirma também que todos os casos são atualizados e validados pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Para os representantes da CBF, o aumento de casos não está relacionado a falhas nas recomendações, mas sim ao momento do país. Dizem que o Brasil deu uma flexibilizada no controle da pandemia, e isso se reflete em todos os campos da sociedade.
A CBF através de Jorge Pagura disse:
“Antes, os aeroportos estavam mais vazios, os hotéis que os clubes utilizam estavam mais vazios. Agora não. O país flexibilizou. O contato acaba sendo maior. O que podemos fazer? Reforçar o que sempre falamos: se cuidem. É preciso manter tudo: utilização de máscara, evitar aglomeração, estar sempre fazendo uso do álcool gel para higienização. Nosso protocolo cuida do campo e arca com a testagem do elenco. Mas quem cuida do restante é o clube. Os clubes precisam cuidar dos seus. Se um jogador sai, vai a algum lugar, frequenta uma festa, não é culpa do protocolo”.
Carlos Starling, estudioso dos casos de covid-19 e um dos mais renomados infectologistas do Brasil, endossa o discurso da confederação brasileira de futebol.
“Não podemos confundir as coisas. Jogadores têm, no máximo, 30 segundos de contato somados durante uma partida. Isso com todos eles testados negativo e em ambiente aberto. Não é um cenário de transmissão. A diretriz estabelecida para a retomada do futebol e adotada até hoje é eficaz”.
Nesta ultima rodada que foi a 21ª do Campeonato Brasileirão de 2020, 37 jogadores não puderam entrar em campo por estarem com Covid-19.
Próxima rodada
Na próxima rodada, que será a 22ª e será disputada hoje e no domingo (22), já são 32 desfalques confirmados pelo mesmo motivo. O Palmeiras está sendo o principal prejudicado pela doença neste fim de semana – são 18 casos em meio a esse surto.
Ainda que não estejam satisfeitos, os clubes evitam fazer críticas públicas ao protocolo pois estavam alinhados com a CBF após o lobby para o retorno do Brasileiro no início de agosto e a manutenção do formato padrão com 38 rodadas. Então, os times também não fazem qualquer movimento de pedido de adiamento de jogos.
Na última atualização do acordo em vigor, a confederação, com o aval dos clubes, estabeleceu que só adiaria uma partida caso um dos times participantes não tivesse ao menos 13 jogadores disponíveis para entrar em campo.
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