Euro Digital: Europa Avança Para Criação da Moeda

Um artigo publicado pelo Banco Central Europeu (BCE) discute várias condições para a implementação bem-sucedida de moedas digitais do banco central (CBDCs), como o euro digital da própria zona do euro. Os autores também apontam para diversos riscos que tais projetos envolvem, como o perigo de exclusão do setor privado.

Hoje (7) de dezembro de 2021 a FolhaGo traz para seus leitores as novidades que cercam o mundo das criptomoedas, dessa vez falaremos sobre euro digital.

A princípio, para criar um euro digital de sucesso, uma autoridade monetária precisa estabelecer a moeda digital como um meio difundido de pagamento e troca.

Sendo assim, após isso, ela precisa ter uma função de reserva de valor suficiente, de acordo com o jornal divulgado pelo Banco Central Europeu.

Ao mesmo tempo, os bancos centrais precisam garantir que moedas como o euro digital não se tornem um meio significativo de investimento, atrapalhem as soluções de pagamento privados ou minem o papel de intermediação do setor bancário.

O documento, que foi publicado esta semana, é de autoria de três altos funcionários do BCE – Fabio Panetta, Ulrich Bindseil e Ignacio Terol.

Eles listam os principais fatores de sucesso para os CBDCs e oferecem suas opiniões de especialistas sobre como evitar riscos associados às versões digitais de moedas fiduciárias.

Do mesmo modo, dezenas de países ao redor do mundo, incluindo grandes economias, estão atualmente explorando ou desenvolvendo sua moeda digital fiduciária.

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Como fazer uma Moeda Digital Fiduciária de Sucesso
imagem usada para ilustrar euro digital

Primeiramente, há três condições para a implementação bem-sucedida de um euro digital.

O primeiro é a “aceitação do comerciante”, que deve ser ampla, o que significa que os usuários devem poder pagar digitalmente em qualquer lugar.

Além disso, ao contrário do papel-moeda, uma moeda digital provavelmente virá com taxas para cada transação e exigirá dispositivos dedicados para processar os pagamentos.

Existem também outras diferenças, apesar de ambas as formas de dinheiro terem curso legal. O segundo fator de sucesso foi definido como ‘distribuição eficiente’.

Os funcionários do BCE citam um relatório do Eurosistema, segundo o qual um euro digital deve ser distribuído por intermediários supervisionados, como bancos e provedores de pagamentos regulamentados.

Para encorajar a distribuição da moeda digital do banco central, incentivos podem ser pagos a intermediários supervisionados.

O documento divide os serviços intermediários em duas categorias: serviços de integração e financiamento.

Os serviços incluiriam as operações necessárias para abrir, gerenciar e encerrar uma conta CBDC – e serviços de pagamento.

A demanda dos consumidores é a terceira condição para o sucesso, que se refere à capacidade de usar o CBDC para “pagar em qualquer lugar, pagar com segurança, pagar de forma privada”, enfatiza o jornal.

O membro da Comissão Executiva do BCE, Fabio Panetta, e os seus colegas acreditam que os residentes na área do euro podem ser motivados pela opção de utilizar o euro digital em pagamentos ponto a ponto (P2P) fora do alcance das soluções privadas existentes.

A privacidade pode ser outro fator motivador, dizem eles, apontando que os bancos centrais podem usar técnicas de aumento da privacidade e, ao mesmo tempo, cumprir os regulamentos de combate à lavagem de dinheiro.

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Prevenção de Riscos
imagem usada para ilustrar prevenção de riscos

O documento do BCE também discute alguns dos riscos associados às moedas digitais do banco central, como o excesso de participações no CBDC.

Sobretudo, ele sugere uma série de medidas para evitar um fluxo excessivo permanente ou temporário de fundos para uma moeda digital do banco central.

Assim, as medidas incluem a introdução de conversibilidade limitada que poderia encerrar a saída potencial de depósitos bancários para um CBDC.

Estabelecer limites per capita com um teto para a quantidade de CBDC que cada indivíduo teria permissão, poderia servir como outra barreira.

Os autores do artigo concluem que os CBDCs têm méritos claros e os bancos centrais precisam seguir as tendências em pagamentos e tecnologia.

Bem como, para cumprir sua tarefa de servir tanto aos cidadãos quanto às empresas, eles ainda precisam responder a muitas questões relacionadas ao desenho de uma moeda como o euro digital.

Além do escopo funcional, são necessários modelos de negócios e controles adequados para atender às demandas e garantir o uso robusto do CBDC, destacam.

Você acha que o Banco Central Europeu emitirá um euro digital de sucesso? Deixe sua opinião nos comentários abaixo.

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