Câmara de BH aprova fim das carroças puxadas por animais; veja essa conquista
Em votação quente, vereadores determinaram a redução gradativa de carroças e charretes
A Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) viveu um dia de votação quente na terça-feira, 15/12. O Projeto de Lei 142/17 aprovado em 1º turno determinou o fim das carroças e charretes puxadas por animais na capital mineira. Assim, a redução será gradativa, mas você acompanha como foi o debate caloroso e outras informações, hoje, 17/12, no Folha Go, na Coluna Pets.
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Carroças e charretes puxados por animais
Os vereadores da CMBH tiveram que lidar com duas classes atuantes. De um lado, ativistas à favor dos animais protestavam. Do outro, carroceiros pediam a permanência da tração animal. Muitos apontam que é a única forma de sustento da categoria.
No fim, prevaleceu o lado dos ativistas. Contudo, os vereadores também reforçaram que o Poder Executivo não tem obrigação de fornecer novos veículos de tração motorizada para substituir os animais. Agora, o projeto segue para redação final e sanção ou veto do prefeito Alexandre Kalil (PSD).
O principal ponto do projeto é a substituição dos veículos de tração animal por veículos de tração motora, como motocicletas, por exemplo, que seriam acopladas a caçambas.
Entretanto, os carroceiros defendem que a proibição da atividade beneficia apenas empresários, pois muitos profissionais não têm carteira de motorista. Entretanto, o projeto foi votado e aprovado por 28 votos.
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Além disso, os carroceiros alegam que os animais são bem tratados. Entretanto, essa não é a visão dos ativistas. A categoria dos carroceiros ainda faz pressão para que o prefeito apoie a regulamentação da profissão.
Segundo os carroceiros, eles contribuem para diminuir a poluição do ar e no combate à dengue. Por conta dos impactos da Covid-19, a sessão não teve a presença de ninguém das duas partes interessadas.
Fim para as próximas gerações
O projeto já era alvo de discussão há muito tempo. Estima-se que em Belo Horizonte há cerca de 8 mil carroceiros. Muitos herdaram a profissão dos pais, mas as condições dos animais é motivo de preocupação.
A expectativa é que as próximas gerações utilizem o trabalho motorizado ou exerçam outra atividade. O assunto ainda terá repercussão na cidade, até pela pressão das categorias e impacto em milhares de pessoas.
Ademais, a classe que defende os carroceiros alega que eles não terão outro modo de sobrevivência. Já os ativistas garantem que os animais merecem liberdade e o momento não permite a manutenção desse tipo de atividade.
Além disso, outras capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Belém, Fortaleza, Vitória, Curitiba, Porto Alegre e Brasília já vetaram o uso de tração animal. Os carroceiros terão um prazo de 10 anos para ajustes.
Contudo, quem insistir após o prazo, terá o animal recolhido. Assim, eles irão para o Centro de Zoonoses para realização de exames. Depois, ficarão à espera de adoção.
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Fique atento e acompanhe as notícias sobre a decisão do fim das carroças puxadas por animais.
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