Aumento do IOF custeia novo Bolsa Família e deixa empréstimos mais caros

Operações financeiras ficarão mais caras até o fim do ano

Aumento do IOF custeia novo Bolsa Família e atrapalha crédito (Foto: Canva Pro)

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) oficializou por meio de decreto o aumento do IOF até o final de 2021, que visa custear o novo Bolsa Família, mas que acaba atrapalhando os empréstimos no país. Entenda hoje (17/09) o impacto do anúncio feito pelo governo federal.
O que é IOF?
Esta é a sigla para Imposto sobre Operações Financeiras, criado no ano de 1966 através do Decreto Lei nº 4.143/66. É uma taxa cobrada para toda e qualquer tipo de operação financeira realizada no Brasil, seja ela nacional ou internacional.

A alíquota atinge diretamente o custo de empréstimos e operações de câmbio, assim como também seguro ou operações de títulos e valores imobiliários.

Seja para contratar um empréstimo, comprar dólares, fazer um investimento ou sacar com cartão de crédito, o IOF é cobrado de forma variável e proporcional.

Aumento do IOF custeia novo Bolsa Família e atrapalha crédito Aumento do IOF custeia novo Bolsa Família e atrapalha crédito (Foto: Divulgação / PR)
Aumento do IOF para custear Bolsa Família
Em decisão tomada pela equipe técnica do Ministério da Economia, capitaneado pelo ministro Paulo Guedes, o aumento no IOF se faz como necessário para a criação do programa Auxílio Brasil, que será o novo Bolsa Família.
“A decisão foi tomada em razão da observância das regras fiscais. Apesar de arrecadação recorde, a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) determina que é necessária a indicação de fonte para o aumento de despesa obrigatória. A instituição do programa social Auxílio Brasil, acarretará um acréscimo na despesa obrigatória de caráter continuado em R$ 1,62 bilhão neste ano”, diz um trecho da nota do governo.
Com a alta da alíquota, a previsão da Economia é de que os cofres públicos arrecadem R$ 2,14 bilhões extras, que seriam suficientes para ajudar a sustentar o início do novo programa de transferência de renda.
“A medida irá beneficiar diretamente cerca de 17 milhões de famílias e é destinada a mitigar parte dos efeitos econômicos danosos causados pela pandemia”, explica o governo.
Por outro lado, atrapalha a concessão de crédito no Brasil
Como a alta da taxa atinge em cheio as operações de crédito, isso significa que os empréstimos no Brasil ficarão mais caros a partir de agora.

Para pessoas Físicas, a alíquota subiu de 3% para 4% ao ano. Já no caso das Pessoas Jurídicas, subiu de 1,50% para 2,04% ao ano.

Na opinião de Ilan Goldfajn, ex-presidente do Banco Central, o aumento do IOF não é benéfico para o país e que há má gestão de recursos públicos.
“Gastamos no que não precisamos e depois falta no que precisa”, falou, em entrevista à Globo News.
Vale lembrar que em 2020, o governo federal chegou a zerar o IOF no final do ano, visando baratear os custos de empréstimos.
Empréstimo do Bolsa Família: funciona mesmo pra quem?! (Tudo sobre o assunto)
Para poder participar do Bolsa Família, os critérios de participação devem ser cumpridos. Desse modo, pode receber o benefício a família que tenha renda mensal familiar considerada como de pobreza ou extrema pobreza. Mas, como funciona a possibilidade de pegar empréstimo através deste programa de transferência de renda pago pelo governo federal? Saiba todos os detalhes através do vídeo abaixo:

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