O Cadastro Positivo está se tornando mais importante a cada dia. Como ele reúne as informações do histórico comportamental dos consumidores, facilita a identificação dos “bons pagadores” pelas organizações financeiras. Assim, veremos hoje (17/02), na coluna Poder Econômico, que é possível ter acesso ao histórico, como os pagamentos, inadimplências e empréstimos já feitos pelo cidadão.
Em 2019, mais especificamente em julho, automaticamente todos os consumidores maiores de 18 anos foram incluídos na listagem. O governo sancionou o projeto de lei, mas não há obrigatoriedade em permanecer no sistema. Quem quiser, pode optar por ter seu cadastro excluído.
Ademais, como isso pode influenciar diretamente na aprovação de cartões de crédito? Como funciona mesmo o sistema? Acompanhe a sequência da matéria, que essas e outras questões serão respondidas.
Como o Cadastro Positivo influencia nas chances de se obter um empréstimo ou cartão de crédito
O Cadastro Positivo pode ser entendido como um “currículo financeiro” do consumidor, onde consta a listagem detalhada de suas informações financeiras positivas. Dessa forma, quem deseja solicitar empréstimos ou cartões de crédito, pode ter a melhor avaliação por parte das instituições financeiras.
Uma de suas maiores vantagens é a oportunidade de avaliação pelo conjunto de todos os seus comportamentos financeiros. É que, anteriormente, só eram registrados os pontos negativos do histórico do consumidor.
Notadamente, sua presença contava apenas na lista dos birôs de proteção ao crédito, como SPC e Serasa, por exemplo. Portanto, estando inserido neste sistema, o cliente tem boas chances de conseguir benefícios, como menores taxas de juros. Além disso, pode renegociar dívidas, abrir financiamentos, entre outras coisas.
Que dados são avaliados dentro do Cadastro Positivo?
Os principais dados avaliados pelas organizações são:
Despesas recorrentes, como luz, água, telefone, etc.;
Compras a prazo;
Financiamentos e empréstimos solicitados;
Entre outras coisas.
Mais especificamente, tem-se:
Valor da compra total;
Valor de cada parcela;
Data de vencimento e pagamento;
Valor do pagamento;
Dados cadastrais.
Aqueles que estão negativados também têm a oportunidade de entrar para a listagem do Cadastro Positivo. As contas pagas em dia também ficam no histórico, podendo beneficiar o consumidor em análises mais completas do seu perfil financeiro.
Esse sistema é mesmo seguro?
Somente empresas de serviços, comércio, assim como as instituições financeiras possuem acesso a esses dados. Assim, proíbe-se o uso de informações para qualquer outro fim que não o de análise do cadastro e perfil do pagador/ crédito.
Como sair do cadastro?
Quem deseja pode sair sim do cadastro com certa facilidade, pois a legislação estabelece os seguintes parâmetros:
Ciência – É preciso informar os adicionados na lista no prazo máximo de 30 dias;
Saída – Todos os consumidores têm o direito de cancelar a inclusão no Cadastro Positivo. Assim, quando incluídos, precisam da informação da exclusão. Os gestores do cadastro atenderão ao pedido em até dois dias;
Login – O cidadão pode ver sua pontuação, mas também todo seu histórico. Ele tem como solicitar a retificação de qualquer informação. Para tal, os gestores do cadastro têm o prazo máximo de 10 dias;
Proteção – Se houver quebra do sigilo das informações bancárias do cidadão haverá punição prevista em lei.
Quem quiser ser descadastrado precisa acessar o endereço eletrônico de um birô de crédito, tal como Boa Vista, SPC, Serasa. Assim, no campo indicado no site, fará a solicitação após inserir seus dados pessoais.
Este conteúdo sobre Cadastro Positivo lhe foi útil? Pois acompanhe, então, nossas outras matérias. Dessa forma, poderá ficar por dentro dos assuntos mais pertinentes acerca do controle da vida financeira pessoal.
Com quanto tempo o nome sai do SPC e Serasa: entendendo o prazo de prescrição
Segundo o Código de Defesa do Consumidor, após um determinado prazo decorrido da contração de uma dívida, o nome do consumidor deve ser retirado do cadastro dos órgãos de proteção ao crédito como SPC e Serasa. Em outras palavras, existe sim um tempo definido para que o CPF de uma pessoa permaneça restrito. Assim que uma dívida vence e não é paga, ela pode ser inclusa no sistema dos birôs de crédito. A partir daí, existe um prazo máximo legal, para cobrança desse débito na Justiça e também para a negativação.
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