Cientistas estrangeiros renomados vêm a São Paulo discutir inovação

Cientistas renomados vêm ao Brasil pelo programa SPEC (São Paulo Excellence Chair) discutir inovação

O Insyspo (Sistemas de inovação, estratégias e políticas) é um programa da São Paulo Excellence Chair (SPEC) fundada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo. Sua principal função é trazer pesquisadores de todo o mundo (sobretudo dos Estados Unidos, União Europeia e Ásia) às universidades de São Paulo, facilitando o desenvolvimento de seus campos de atuação. Eles ficam no Brasil durante três meses por ano, e por um período de cinco anos. Seu principal coordenador é o professor da George Washington University, Nicholas Vonortas.

Para entender seu funcionamento, o Momento USP Inovação desta semana conversa com o professor Sérgio Robles Reis de Queiroz, do Departamento de Política Científica e Tecnológica do Instituto de Geociências da Unicamp e coordenador adjunto do programa. “São quatro principais áreas de atuação: sistemas de inovação, comandado pelo professor Vonortas; avaliação de políticas e programas de ciência, tecnologia e inovação; parcerias estratégicas e formação de redes; e empreendedorismo intensivo em conhecimento”, esmiúça Robles.

Fotomontagem O professor convida para dois eventos oferecidos pelo programa. “O primeiro será um simpósio internacional na Unicamp, que ocorrerá nos dias 3 e 4 de julho e tratará de catching up tecnológico e econômico. Isto é, recuperação do tempo perdido nessas áreas em relação aos países desenvolvidos. O segundo, na sede da Fapesp, em São Paulo, no dia 5 do mesmo mês, um workshop retomando o assunto, mas com outro foco. Falará de avaliação de políticas de ciência, tecnologia e inovação.”

Segundo Robles, o Brasil conseguiu essa recuperação em alguns períodos da história, mas encontra-se estagnado; às vezes, retrocedendo. “Até a década de 70, o Brasil era o país que mais crescia no mundo junto ao Japão. No entanto, parou de 1980 em diante”, argumenta. Ele cita a Coreia do Sul como exemplo de sucesso, numerando seu PIB per capita, equivalente hoje a 70% do dos Estados Unidos. A China, que já teve 5% da renda por pessoa dos membros da OCDE, hoje encontra-se no mesmo patamar, na verdade passou por pouco em 2017. “A universidade é uma das condições importantes para essa retomada e cumpre bem seu papel. Porém, não é a única responsável”, defende o professor.

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