Pantanal em xeque: ministra faz grave advertência no Senado

São José dos Campos-SP, quarta-feira 4 de setembro de 2024, por Marcos Eduardo Carvalho – Marina Silva, ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, fez uma declaração assustadora na tarde desta quarta-feira (5), sobre o futuro do Pantanal. Em fala à CMA (Comissão de Meio-Ambiente) no Senado, ela foi taxativa: até o final do século, a região poderá deixar de existir, se medidas urgentes não forem tomadas.

Durante a audiência, Marina Silva, que é ambientalista, explicou que a baixa precipitação, as temperaturas altas e o processo de evapotranspiração são um risco grande para o Pantanal. Tudo isso aliado ao aquecimento global e ações do homem, como as queimadas e o desmatamento da região e em outras áreas também.

Para a ministra, até o final do século, se nada for feito, o bioma do Pantanal simplesmente irá deixar de existir. Para tanto, ela defende a criação de um marco regulatório de emergência climática no Congresso Nacional.

Marina foi convidada para falar sobre Pantanal e fazer esclarecimentos

Com a escalada das queimadas em regiões de todo o país, como o Pantanal e a Amazônia, a ministra Marina Silva foi convidada pela comissão do Senado a dar explicações em nome do Governo Federal. Então, ela aproveitou para lembrar que, se as tendências forem mantidas e nada for feito, o menor bioma do país, também conhecido por ser um santuário de diversidades, irá desaparecer.

“Portanto, a cada ano se vai perdendo cobertura vegetal. Seja em função de desmatamento ou de queimadas. Você prejudica toda a bacia e assim, segundo eles, até o final do século nós poderemos perder a maior planície alagada do planeta”

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Queimadas aumentam 144% no país em agosto

De acordo com pesquisa realizada pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), as queimadas tiveram aumento de 144% em agosto deste ano em todo o território brasileiro. Isso em relação ao mesmo período do ano passado.

Assim, o risco para lugares frágeis, como o Pantanal, aumentam consideravelmente. E o poder público vem sendo cobrado por ações efetivas para resolver o problema.