MP 13º Bolsa Família: Paulo Guedes afirma que pagamento seria crime; entenda

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o pagamento do 13º do Bolsa Família, caso fosse repassado este ano, seria crime de responsabilidade fiscal

Desde o segundo semestre de 2020, o governo discutia acerca do pagamento da parcela extra do Bolsa Família. Paga em 2019 como forma de cumprir promessa de campanha do então presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a possibilidade de pagar a parcela também neste ano estava amparada em uma Medida Provisória que acabou perdendo a validade. Além disso, o ministro da Economia afirmou que o pagamento extra, caso acontecesse, seria configurado como crime. Desse modo, o Folha Go informa neste sábado, 19 de dezembro, as últimas notícias sobre a MP 13º Bolsa Família.

MP 13º Bolsa Família: Paulo Guedes afirma que pagamento seria crime; entenda
MP 13º Bolsa Família: Paulo Guedes afirma que pagamento seria crime; entenda – Imagem: Divulgação G1

Leia também: Calendário do Bolsa Família 2021 atualizado já saiu? Confira agora mesmo

MP 13º Bolsa Família

Na última sexta-feira, 18, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o pagamento do 13º do Bolsa Família, caso fosse repassado este ano, seria crime de responsabilidade fiscal.

Isso porque não houve a provisão dos recursos para o pagamento neste ano, já que a proposta de pagar a parcela extra aos beneficiários do programa valia somente para 2019.

Segundo o ministro, o governo já teve muitos gastos imprevistos neste ano, sendo impossível pagar o 13º do Bolsa Família:

No primeiro ano [2019], nós demos [o 13º]. Conforme tinha sido prometido na campanha, vamos dar. Só que, quando entrou o segundo ano, quando a pandemia bateu, essa desorganização fiscal de curto prazo, foi chegando o fim do ano. Observamos que, pela Lei de Responsabilidade Fiscal, se você der um 13º por dois anos seguidos, está cometendo crime de responsabilidade fiscal. [Se der o 13º] comete crime de reponsabilidade e quebra a lei. Desejaríamos dar esse decimo terceiro, desejaria desonerar a folha, mas é um crime de responsabilidade fiscal.

Desse modo, a afirmação do ministro contradiz a fala do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao afirmar em uma transmissão ao vivo na última quinta-feira, 17, que o pagamento do 13º do Bolsa Família não foi feito por culpa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Maia, desse modo, respondeu a acusação, afirmando que Bolsonaro estava mentido, visto que é o governo o responsável por não efetuar o pagamento da parcela extra, bem como não ter um projeto para auxiliar pessoas carentes a partir de janeiro, quando o auxílio não estiver mais sendo pago.

Veja ainda: Beneficiários querem resposta sobre o 13° terceiro do Bolsa Família 2020

Embate entre presidentes

Após o presidente da República acusar o presidente da Câmara de deixar a MP 13º Bolsa Família caducar; isto é, perder a validade, Maia resolveu pautar na sessão da última sexta-feira, 18, sobre o projeto e sobre o auxílio residual.

Na ocasião, Maia afirmou:

O próprio ministro Paulo Guedes hoje confirmou que o presidente é mentiroso quando disse que de fato não há recursos para o 13º do Bolsa Família. Ontem, fiquei muito irritado porque nunca imaginei que em um país como o Brasil um presidente da República pudesse, de forma mentirosa, tentar comprometer a imagem do presidente da Câmara ou de qualquer cidadão brasileiro. Propus não termos recesso, nem a Câmara, nem o Senado nem o Judiciário para trabalhar em janeiro na construção de um programa social dentro da realidade do Orçamento primário do Brasil. Eu poderia aqui agora anunciar que eu votaria a MP 1.000, que como disse o líder [do governo], não é de interesse do governo. Mas precisava vir aqui discursar para defender a minha imagem e a dessa Casa. Porque daqui a pouco o presidente vai dizer que acabou o auxílio emergencial porque a Câmara não votou a MP 1.000.

A MP 1000/20 diz respeito à proposta de uma nova ampliação do auxílio residual. Embora a aprovação ainda este ano das propostas de pagar o 13º do Bolsa Família e de ampliar o auxílio residual sejam remotas, o gasto poderá ser de R$ 8 bilhões.

Confira: MP 1000 auxílio emergencial vai ser votada? Entenda o assunto aqui

Comments are closed.

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Vamos supor que você esteja de acordo com isso, mas você pode optar por não participar, se desejar. Aceito Ler mais

Política de Privacidade e Cookies