7 momentos históricos do Brasil século 20

O século 20 é repleto de momentos históricos para o nosso país. Ao longo destes 100 anos, diversos eventos aconteceram e nos conduziram até a conjuntura atual que vivemos. Mas será que você conhece os principais?

Confira os 7 momentos históricos do Brasil no século 20

A seguir, listamos alguns dos mais importantes eventos históricos que aconteceram no Brasil durante o longo século 20, apelidado pelo historiador britânico Eric Hobsbawm como a “Era dos Extremos”.

1. Greve Geral de 1917

A década de 1910 foi marcada pela instauração das primeiras grandes indústrias em solo brasileiro. Apesar de não poder ser considerado como um momento de industrialização nacional (que só ocorreria a partir de 1930), este foi um período de intensa atividade fabril na cidade de São Paulo.

À essa altura os direitos trabalhistas ainda não existiam. As jornadas de trabalho eram extensas e insalubres (em média, 16 horas por dia), e os salários insignificantes. Isso motivou a revolta dos trabalhadores das fábricas de São Paulo, que paralisaram suas atividades por 5 dias entre os meses de junho e julho.

O evento contou com a liderança de muitos operários imigrantes, com destaque para os anarquistas italianos. Ao chegarem ao Brasil, além do desafio de aprender um novo idioma, também precisavam lutar para obter melhores condições de trabalho e de vida.

A greve atingiu seus objetivos e marcou o início de uma longa história de industrialização e sindicalismo no Brasil.

2. A Revolta dos 18 do Forte de Copacabana (1922)

Esta revolta, acontecida na cidade do Rio de Janeiro, marca o início do Movimento Tenentista no Brasil. A manifestação, liderada por militares de patentes medianas (por isso o nome tenentista), tinha como objetivo combater a chamada República Velha e instaurar uma nova forma de governo no país.

Muitos militares viam a política nacional como atrasada e ineficiente. Alguns com inspirações marxistas e outros com ideais liberais, tenentes organizaram revoltas por todo o país na tentativa de transformar o que consideravam ultrapassado. A Revolta dos 18 do Forte de Copacabana foi a primeira delas.

3. A Revolução de 1930

A Revolução de 1930 marca o fim da chamada República Velha (1889-1930), período no qual o Brasil foi governado por militares e, posteriormente, por fazendeiros paulistas e mineiros.

A chegada de Getúlio Vargas ao poder se deu a partir da derrubada do presidente Washington Luís e o impedimento da posse do candidato eleito Júlio Prestes, sob alegação de fraude eleitoral. Getúlio Vargas governaria o Brasil pelos próximos 15 anos, até 1945, quando foi derrubado por militares e renunciou.

4. O Governo Juscelino Kubitschek (1955-1960)

O mineiro Juscelino Kubitschek foi o primeiro presidente eleito após o suicídio de Getúlio Vargas em 1954, durante a sua segunda passagem pela presidência do país.

Sua chegada ao governo se deu de forma conturbada, com militares na rua tentando impedir a posse de JK. Foi graças a um contragolpe realizado pelo General Lott – que colocou militares legalistas nas ruas – que Juscelino obteve êxito.

A Era JK é marcada pelo desenvolvimento econômico e cultural do Brasil. Sob o slogan de “50 anos em 5”, o presidente modernizou a indústria, especialmente nos setores de transporte, base e energia. Este período também representa a chegada das indústrias automobilísticas ao país.

Seu governo também é marcado pelo surgimento da Bossa Nova, estilo musical que se tornou um símbolo da cultura brasileira. Em 1958, o país também conquistou sua primeira Copa do Mundo, dando início à fama de ser o país do futebol.

No entanto, o maior marco de JK para o Brasil foi a construção de Brasília. Até então, o Rio de Janeiro era a capital nacional, e Juscelino tinha planos de promover a “interiorização do Brasil”. Para isso, construiu do zero a nova capital no meio do país.

5. Golpe e Ditadura Militar (1964-1985)

O início dos anos 1960 foi marcado por turbulências na política brasileira. O novo presidente eleito era Jânio Quadros, que acabaria renunciando pouco tempo depois. Quem assumiu em seu lugar foi o vice João Goulart.

Jango, como era apelidado, era visto com maus olhos pelas Forças Armadas, que o consideravam alinhado à esquerda e ao Comunismo. Seja isso um fato ou não, uma série de ações de João Goulart na presidência culminaram em um golpe no dia 31 de março de 1964.

Os militares assumiram o governo com a promessa de promover eleições no ano seguinte, mas isso não foi cumprido. Tinha início ali uma ditadura que duraria 21 anos e que marcou intensamente o Brasil até os dias atuais.

6. O fim da ditadura e a redemocratização (1985)

Após 5 presidentes-generais, o Brasil vê o fim de um regime que culminou em violência, retrocesso e uma hiperinflação que deixou grande parte da população na miséria. A redemocratização teve início em 1985, quando o último ditador militar, João Figueiredo, deixou o cargo. Quem assume, então, é José Sarney, primeiro presidente civil em mais de duas décadas.

Apesar disso, sua chegada ao poder não se deu por eleições diretas, como a população desejava. Na verdade, ele foi eleito pelos seus pares no Congresso, com diversas polêmicas marcando a influência dos militares no pleito. Sarney era um antigo aliado da ditadura.

As primeiras eleições diretas ocorreram apenas em 1989, com a vitória de Fernando Collor.

7. A Constituição de 1988

O último dos momentos históricos de nossa lista. Apelidada de “Constituição Cidadã”, a carta de 1988 marca o rompimento definitivo com a ordem ditatorial militar. Progressista, ela trouxe uma série de avanços para a sociedade, e é considerada a constituição mais bem-sucedida entre todas as que já existiram no Brasil.

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