Redução do auxílio e mudanças no Bolsa Família; veja o que esperar
João Roma (Republicanos-BA) detalha o assunto
O auxílio emergencial está de volta para a população, mas com valores que não condizem com a realidade brasileira em 2021, na opinião de especialistas e dos próprios cidadãos. Afinal, por que houve uma redução tão drásticas em relação ao que era pago em 2020? Confira, hoje (28/03), a explicação por parte do ministro da Cidadania sobre o assunto, e, ainda, detalhes sobre o futuro do Bolsa Família.
Mudança nos valores de 2020 para o auxílio emergencial de 2021 e mudanças no Bolsa Família
Ao longo do ano de 2020, o auxílio foi pago em nove parcelas para quem recebeu a primeira no mês de abril – que foi quando houve o início dos pagamentos.
Nas cinco primeiras parcelas do benefício que visa atenuar a crise financeira gerada pela pandemia, o valor era de R$ 600, com R$ 1.200 para mães solteiras. Nos últimos quatro meses, houve redução de 50% tanto para famílias biparentais e pessoas que moram só, mas também para mulheres que comandam famílias.
Já nesta nova rodada de pagamentos do auxílio, em meio ao pior momento da pandemia de Covid-19 no Brasil, os valores não chegam nem perto do que foram no ano passado, mesmo quando os números provenientes do coronavírus estavam em estágio baixo.
Em 2021, mãe solteiras vão receber R$ 375; quem mora só, receberá R$ 150; e famílias biparentais receberão R$ 250.
Por que houve redução? Ministro da Cidadania explica
Em audiência na Câmara dos Deputados, o ministro da Cidadania, João Roma (Republicanos-BA), comentou sobre as reduções no número de cidadãos aptos a receber o benefício em 2021, bem como o teto estimado para viabilizar todas as parcelas do auxílio emergencial neste ano.
“No ano de 2020, foi viabilizado o Auxílio Emergencial superando R$ 294 bilhões. Todos sabem bem que o valor final daquele Auxílio, assim como tivemos uma PEC agora, naquele momento seria de R$ 500 e o próprio presidente Bolsonaro pediu que fosse R$ 600. Naquele momento foi o que foi possível viabilizar. Neste ano, o que o Congresso disponibilizou foram R$ 44 bilhões. Poderíamos diminuir a quantidade de parcelas e o valor ficaria mais palatável para a comunicação. Mas esse momento é de serenidade e de estarmos juntos a esses brasileiros, não só com o Auxílio Emergencial, mas com todas as políticas publicas para minimizar o sofrimento das pessoas”.
Ministro da Cidadania também sinaliza para mudanças no Bolsa Família após o auxílio emergencial
Desde 2020, o governo federal, em conjunto com sua equipe econômica e o ministério da Cidadania, trabalham com o projeto de reformulação do atual programa de transferência de renda: o Bolsa Família.
Nomes do possível sucessor do Bolsa Família já foram vazados, projetos já foram descartados publicamente pelo presidente Jair Bolsonaro, mas o assunto não foi esquecido.
João Roma garante que o governo está trabalhando com o intuito de promover reformulação no programa.
“Sou um grande entusiasta da renda básica e precisamos encontrar mecanismos para o Estado avançar nessa política salutar para os brasileiros. Eu faço questão de tratar com o Congresso a reformulação do Bolsa Família e exaurir o tema, pois qualquer mudança passará por aqui. É importante compreendermos que passamos por um período de dificuldade e temos que dar respostas urgentes, especialmente aos mais necessitados”.
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